terça-feira, 24 de junho de 2008

Royal Street and Flash!

Após quase um mês de abstinência, o grande Jornal 52 volta com suas atividades! iupi!
Gostaria de agradecer a todos os (milhões de) leitores pelas centenas de e-mails enviados, que entupiram minha caixa eletrônica com pedidos desesperados para que "O Blog" voltasse a ser atualizado.
Para coroarmos nossa volta, nesta postagem iremos disponibilizar em segunda mão, o grande clássico dos curtas metragens, Royal Street and Flash. (Uau... é, eu sei.)
Esta foi uma grande produção realizada por mim e meus amigos, com o intuito de não pegar DP na aula de Teoria de Comunicação II (2ºsemestre) da faculdade ESPM de São Paulo. Tal matéria é mestrada pelo doutor, professor, cineasta, arquiteto, carnavalesco, modelo e apresentador Joca (Deus salve Joca, e vice-versa). Depois deste grande sucesso de público e crítica, esta aula nunca mais foi a mesma. Na verdade ela continuou sendo a mesma, mas é muito mais dramático dizer que não.
Curiosidades e notas da produção:
  • 9 pizzas foram consumidas (devoradas) durante o tempo das filmagens. Em sua maioria, os sabores eram meia calabresa meia mussarela.
  • Nenhum animal foi maltrado durante as filmagens (a Milka ainda não morava na República Bartira).
  • O dvd com a versão do diretor, que contém 7 minutos a mais que a original, está com previsão de lançamento para o 19 de Setembro nos EUA.
  • Tarcisio Meira, vulgo Tarcisão, é um dos atores mais cotados para estrelar a continuação.

O filme foi dividido em Parte I e Parte II.





domingo, 25 de maio de 2008

Rede de Vírus

Acho que todo mundo já está familiarizado com aqueles vídeos, que são colocados na internet, e que acabam se tornando recordistas de acessos e views. Isso mesmo, são aqueles vídeos que seu amigo te manda milhões de links entupindo a sua caixa de e-mail e que corriqueiramente, em um casual papo de bar, profere as palavras: "Você já viu aquele vídeo no YouTube?"

É, pelo visto ninguém mais joga futebol de botão.

Algumas marcas mundiais, aproveitando essa onda dos chamados "virais", criaram seus próprios vídeos com o objetivo de posicionar e atribuir valor a marca, ou simplesmente promover seus produtos.

Tais filmagens, na maioria das vezes, são feitas propositalmente de forma amadora, como se quisesse deixar uma margem de dúvida se o fato mostrado é real ou alguma obra de ficção. O que realmente é real, é que eles são recheados de diversão e entretenimento.
Sendo assim, aqui estão alguns dos meus favoritos:

Notorious


Quiksilver


Ray Ban

Para desvendar os efeitos deste vídeo clique aqui.


Esse vídeo não devia estar neste post. Ele não segue as características dos "virais", mas cá entre nós, ele é legal pra caramba! Se você sentar em uma mesa de bar comigo eu provavelmente vou dizer: "Você viu aquele vídeo no YouTube?"


segunda-feira, 12 de maio de 2008

O Amanhã Era Só Amanhã

Eu acho que vocês estão perdendo tempo.

Daqui a algumas horas, o coração que você desenhou na árvore do parque com o mais cego dos canivetes vai durar eternamente.
Daqui a alguns dias, você já não poderá amar pelo simples momento de ficar com as pernas bambas ao vê-la.
Daqui a alguns instantes, seu carro vermelho vai estar empacotado em uma caixa com os dizeres: "Brinquedos".
As nove e meia você já vai estar dormindo.

Daqui a alguns momentos, você vai ficar com vergonha de dizer o quanto gosta de seu amigo.
Daqui a alguns anos, você vai se arrepender de não ter o feito.
Daqui a alguns minutos, você vai gritar: "Mãe... peguei um peixe". Depois de um longo sorriso ao sol, ela irá dizer: "Cuidado com o espinho".
As nove e meia você já vai estar acordando.

Daqui a alguns dias, você vai pedir um cachorro.
Daqui a uma semana, você vai ganhar um pássaro.
Daqui a algumas paixões, você vai rebater com seu taco no ponto mais alto da rua. Se sentirá o grande quando isolar a bolinha para além do muro.
As nove e meia você já vai estar dormindo.

Daqui a algumas caminhadas, as folhas cairão por você ter tentado parecer maduro pra ela.
Daqui alguns Junhos, você vai se libertar ao convidá-la para ser seu par na quadrilha.
Daqui a algumas ruas, você vai chegar atrasado para cantar "João e Maria" no coral. Ela gostava de você.
As nove e meia você já vai estar acordando.

Daqui a algumas gritarias, você irá perder 14 figurinhas.
Daqui a algumas histórias, você vai perder o ar de susto.
Daqui a algumas escorregadas, você vai estar completamente sujo de lama. Você nunca tinho rido tanto em toda sua vida.
As nove e meia você já não vai estar dormindo.

Eu acho que vocês estão perdendo tempo. Agora, só amanhã de manhã.



(Em baixo de uma cama há tantos momentos, que você só poderá enxergar o beijo de cima de uma casa na árvore.)

domingo, 4 de maio de 2008

Here Comes Emerson

Que fase, hein?
Vrummm... lá vem o Emerson.

Vamos as informações preliminares: o mito, a lenda, o homem por trás da história, George Harrison, era um grande fã de corridas automobilísticas, e em consequência desta paixão, se tornou grande amigo do piloto Emerson Fittipaldi, o músico até chegou a vir para terras tupiniquins para acompanhar o Grande Prêmio do Brasil a convite do brasileiro.

A amizade era tão grande, que quando o Emerson sofreu um acidente e se encontrava em recuperação, George gravou uma pequena versão da sua "Here Comes the Sun" em homenagem ao amigo e enviou como uma mensagem de apoio. Reparem na legenda colocada em baixo do nome do rapaz de Liverpool, "ex-beatle", como se isso fosse alguma profissão, sabe? Por que não músico, compositor ou modelo e apresentador?

Resumindo, vamos tomar 20 caipirinhas!!! Uhul!!!


quarta-feira, 16 de abril de 2008

Ação Rocky Balboa

Adrian!!!

Essa foi uma ação bem legal feita no Chile para promover o lançamento do sexto filme da série Rocky, "Rocky Balboa".
Criada pela agência JWT, a primeira ação mostra peças de carnes adesivadas com os dizeres "Rocky Balboa voltou a treinar", remetendo ao treinamento que acontece dentro de um frigorífico praticado pelo personagem na série.
A segunda ação, consistia em espalhar modelos pela cidade maquiados com machucados e hematomas em seus rostos, dando a entender que haviam acabado de sair de uma briga; em suas camisetas estava escrito "Rocky Balboa voltou".

Clique nas imagens para vê-las ampliadas.



terça-feira, 8 de abril de 2008

Tributo - "Stairway to Heaven"

Vasculhando o You Tube e seus afluentes, encontrei quatro vídeos muito interessantes.
Tchan Tchan Tchan Tchan...

São versões de "Stairway to Heaven" interpretadas por algumas bandas covers de grandes astros, no caso, The Beatles, The Doors, Elvis Presley e B-52's.
É divertidíssimo, pois na canção de cada grupo, pode-se notar suas características musicais e também a similaridade do vocal; você se surpreende ao escutar os sempre presentes backing vocals do quarteto de Liverpool e também a declamação da letra feita por Jim Morrison.
É como se "Stairway to Heaven" tivesse sido lançada originalmente por estes artistas.

The Beatles - Stairway to Heaven


The Doors - Stairway to Heaven


Elvis Presley - Stairway to Heaven


B-52's - (esqueci o nome da música)

sábado, 5 de abril de 2008

Marcelo Camelo


O Camelo acaba de postar uma nova composição sua no my space.


A música se chama "Doce Solidão" e foi gravada na base do violão e do assobio; anteriormente ele já havia disponibilizada outra canção de sua autoria, a instrumental "Téo e a Gaivota" que você também pode conferir na web.



Abaixo tem um vídeo dele cantando "Doce Solidão" junto com algumas criancinhas, é engraçado e eu não sei quem se divertiu mais, ele ou os pimpolhos.




*Ah, Marcelo Camelo é um dos integrantes do Los Hermanos...Doh.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Põe na Radiola!

A Jules Rimet é nossa e ninguém vai derreter.

J.J. Cale & Eric Clapton - When This War is Over

Esta música é a quarta faixa de um disco fruto da união de J.J. Cale e Eric Clapton, "The Road to Escondio" (2006). O álbum é repleto de músicas com base em violões de aço e riffs de guitarras pegajosos, com esta canção não é diferente; "When This War is Over" tem uma batida bem country, daquelas músicas que fazem você bater com os dedinhos na parte superior do volante do seu carro; agitada e tranquila na medida certa, as vozes calmas dos cantores e o som do pequeno orgão (acho que é um orgão) dão toque final a obra.
Vale a pena escutar todo o disco, que além das músicas country mergulha também no jazz e até no reggae.
Escutem o disco... escutem o disco... escutem o disco... você está ficando com sono...

Moldy Peaches - Anyone Else But You

Contida na excelente trilha sonora do filme "Juno" e se apresenta no disco em duas versões: a original interpretada pelo Moldy Peaches e outra tocada e cantada pelo casal adolescente do filme, interpretados por Michael Cera e Ellen Page; a cena final do filme é exatamente a interpretação desta.
A música é interpretada por duas vozes, uma masculina e outra feminina que acabam por ficar se declarando uma a outra; música acústica que pode ser chamada de muito fofa, se você tocá-la com algum parceiro(a) é namoro na certa. A canção segue a mesma linha de todo o álbum, repleto de sons que puxam para folk; escute também a música do Kinks, "A Well Respect Man", que não por que cargas d'água (é assim a expressão? cargas d'água? calhas ou caixas?) não está nessa seção; o cara que escreve aqui deve ser louco.

Vanguart - Just to See Your Blue Eyes

Vanguart é uma banda de Cuiabá e ainda anda pela cena independente nacional; lançou seu primeiro disco homônimo encartado na revista "Outra Coisa" publicada pelo Lobão e possue composições em inglês, português e até uma canção em espanhol, sempre no melhor estilo Folk Rock.
A música em questão é a terceira faixa do disco, e segundo o vocalista da banda, Hélio Flanders, foi a gravação que mais lhe agradou dentro do estúdio. Em todas canções do Vanguart, está presente sempre o bom e velho violão de aço de Hélio, que em shows, chega a interpretar Beatles e Velvet Underground; mais uma grande banda nacional.


The Redwalls - Modern Diet

The Redwalls é uma banda de Chicago e tem um som que lembra muito as músicas dos anos 60. Suas interpretações são repletas de influências de Beatles e Kinks, apresentando também, backing vocals característicos desta época e que grudam no ouvido, você não sabe se canta a primeira ou a segunda voz.
"Modern Diet" é a primeira música de trabalho do novo e terceiro disco dos caras, graças a indústria fonográfica brasileira nenhum de seus discos chegaram a comercialização nacional, então vamô fazer download moçada! Um dos meus grupos novos favoritos.

Roberto Carlos - Não Vou Ficar

O Soul do Rei!
Essa música foi escrito pelo Tim Maia e dada ao Roberto na época em que o gordinho ainda brigava por um lugar ao sol, ele ainda não possuia nenhum disco e buscava a ajuda do amigo para iniciar sua carreira. Tim detalhou todas as idéias sobre o arranjo (incluindo os metais) acatadas em absoluto pelo Rei; posteriormente, Tim viria a gravar a canção para de alguma forma reafirmar que fora ele quem havia escrito tal canção.
A voz rasgada de Nossa Majestade dá um toque só seu à música, já a interpretação de Tim, ganha força impulsionada por sua voz.
A música é muito gostosa de se tocar no violão e não apresenta acordes complicados. (toque agora)

Abaixo segue um vídeo, retirado de um filme do Roberto Carlos onde ele interpreta "Não Vou Ficar" tocando guitarra e tudo. Vida longa...






sábado, 29 de março de 2008

Estômago


"Estômago" é engraçado, é bem produzido e dá muita fome!
Com direção de Marcos Jorge, o filme é uma aventura gastronômica que conta a história do aprendiz à cozinheiro Nonato, que nota que tem uma boa mão para ser chef e ao longo do filme desenvolve toda sua habilidade.

O filme acontece em duas histórias paralelas, uma mostra Nonato como ajudante de cozinha de um restaurante, e a outra, mostra o personagem encarcerado cozinhando para seus colegas de cela. Com uma bela edição, você fica cada vez mais instigado em saber qual foi o crime que o fez parar na cadeia. O longa também conta com um roteiro muito forte e criativo, que acaba por cativar o espectador com a sua simpatia, é aquele filme "gostoso" de assistir e não é só por causa da comida.

O site do filme também é muito legal, cheio de informações e interação; nele você pode assistir a trechos do filme, baixar alguns ringtones da trilha musical, conhecer tudo sobre a produção e até fazer download do kit oferecido para a imprensa.

www.estomagoofilme.com.br

O filme já ganhou alguns prêmios como no Festival do Rio 2007 e no Festival de Punta Del Leste, e tem sua estréia marcada para 11 de Abril. Mais um ótimo filme nacional e que é garantia de risada e diversão.

Então preparem seus estômagos e bom apetite!

terça-feira, 25 de março de 2008

Conta Comigo (Nostalgia)


As coisas mais importantes são as mais difíceis de expressar. São coisas das quais você se envergonha, pois as palavras as diminuem - as palavras reduzem as coisas que pareciam ilimitáveis quando estavam dentro de você à mera dimensão normal quando são reveladas. Mas é mais que isso, não? As coisas mais importantes estão muito perto de onde seu segredo está enterrado, como pontos de referência para um tesouro que seus inimigos adorariam roubar. E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou enquanto estava falando. Isso é pior, eu acho. Quando o segredo fica trancado lá dentro não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda." ” O Corpo – Stephen King”

Essa é pra relembrar a infância junto com as deliciantes e intermináveis tardes em frente a televisão assistindo Cinema em Casa e Sessão da Tarde.

Lembrando dessa época, sempre tem um ou outro filme que você recorda com mais carinho, seja por você ter se identificado de alguma forma com a película ou por tê-lo gravado em VHS, assistindo mais de 52 vezes e sempre ouvindo sua mãe reclamar que não aguentava mais te ver assistindo à tudo aquilo de novo.

“Conta Comigo” foi assim pra mim. O filme é de 1986 e foi dirigido por Rob Reiner. Mas quanto ao roteiro, a história é um pouco mais interessante. Sempre assisti ao filme (52 vezes) sem me cansar e sem me interessar sobre a inspiração de alguém para escrever tal história, ela em si na minha televisão já me bastava e muito. Depois de um tempo sem ver o filme, e com algumas velinhas a mais nos meus bolos de aniversário, passando por um momento nostálgico, descobri que na realidade aquele longa e seus personagens foram criados em um conto do Stephen King, e o filme era uma adaptação do mesmo. Incrível, não? No momento me pareceu.

Sem pestanejar fui a livraria comprar o livro: “As Quatro Estações” (Não. Não tem nada a ver com a dupla Sandy & Junior). O livro é composto por quatro contos, cada um representando uma estação do ano; o conto em o longa foi baseado se chama “O Corpo” e representa o outono da inocência, nesta mesma compilação aparece um outro clássico do cinema também escrito por King, “Um Sonho de Liberdade” estrelado por Tim Robbins e Morgan Freeman; no livro o conto leva o nome de “Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank”.

Voltando ao “Conta Comigo”, o filme se passa em 1959 e mostra quatro meninos de 12 anos em uma pequena cidade dos Estados Unidos que vão atrás do corpo de um outro garoto da mesma idade que eles, cujo supostamente foi atropelado por um trem. A jornada até o local acaba por se tornar uma viagem de descobertas e provas de amizade, deixando qualquer pessoa que tenha saudades da sua infância entretido do ínicio ao fim. Quanto mais eu assisto o filme, mais adulto ele me parece, logo tive duas impressões da mesma obra, uma aos meus 8 anos e outra aos meus 21. As duas foram fantásticas.

Outro show a parte é a trilha sonora, toda composta por músicas dos anos 50. A original “Stand by Me” de Ben E. King é o grande tema, e o nome da canção é o mesmo do original do filme. Algumas que valem a pena ouvir são (todas valem):

Del Vikings – Come and Go With Me
Buddy Holly - Everyday
The Coasters – Yaket Yak
Fleetwoods – Come Softly

Trailer original "Conta Comigo"


Chordettes - Lollipop (trilha sonora)


sexta-feira, 14 de março de 2008

Stevie Riks

Stevie Riks é um comediante inglês (sempre os ingleses) que interpreta personalidades da música...

Na verdade pra eu não ficar enchendo muita linguiça já vou dizer que não conheço muito de sua história, eu acabao de conhecê-lo via o mundo maravilhoso e fantástico do You Tube.

Além de interpretar os músicos com suas mania e trejeitos, Riks também se mostra um grande instrumentista quando toca algumas canções dos parodiados, tem até dois vídeos dele tocando trechos de canções do "White Album" dos Beatles enquanto os interpreta. E não é só isso! Pra provar mais suas habilidades ele toca o violão de forma canhota quando interpreta o Paul McCartney (ponto pra ele).

Em seu repertório estão Elvis Presley, Davy Jones, Freddie Mercury, Tom Jones, Bee Gees, Noel e Liam Gallagher, David Bowie, Ozzy Osbourne, entre outros. Mas com certeza sua grande inspiração são os Beatles, tem vídeos engraçadíssimos do Paul McCartney lavando a louça e até uma interpretação do Ringo Starr fazendo torradas para o café da manhã. Pra quem conhece os músicos a simples ação de assistir se torna hilariante.

Você pode conferir todos os 312 vídeos que ele disponibilizou no seu canal do You Tube: www.youtube.com/user/caroline372

Vou postar três vídeos que mais fizeram meu dentes aparecerem na frente do computador.

Riks ensina como interpretar Paul McCartney.


Interpretando Bee Gees.


John Lennon no estúdio gravando Nowhere Man.





quarta-feira, 5 de março de 2008

Põe na Radiola!

Segunda edição do Põe na Radiola! Vamô time!

Ray Charles - Halleluja, I Love Her So

Música escrita pelo próprio Ray, é uma daquelas músicas agitadas dele, que lembram twist ou alguma coisa dançante parecida com os roqueiros pianistas do final da década de 50.
Recentemente eu comprei um DVD dele, "Ô-Gênio: Live in Brazil 1963", nele estão contidas duas apresentações que foram transmitidas para a televisão, a apresentação é do programa original que ainda conta com comerciais da época (que sem sombra de dúvida são um show a parte). E sem deixar aquele sentido de inferioridade brasileira e até mesmo falta de confiança, o programa se chama: "Ray Charles, o Gênio entre nós". Parece até uma benção para algum santo, mas depois da apresentação realmente temos que concordar com tal rotulação.

MPB 4 - Tango do Covil

Faz parte da trilha sonara da "Ópera do Malandro", espetáculo que estreou no teatro e depois ganhou vida em um longa metragem. A peça foi escrita por Chico Buarque, que também assinou todas composições de sua trilha.
O álbum traz muitos intérpretes para as canções, quem canta esta é o MPB 4, conjunto vocal que encaixou perfeitamente seus tons na música. A letra é uma declaração de amor, porém seus versos a tornam muito engraçada e até viciante, depois você vai até se pegar cantando alguns trechos no chuveiro com voz de tenor. Ritmo empolgante lembrando o próprio tango e até uma cantina italiana.

George Harrison - Horse to the Water

Está música foi escrita pelo George e pelo seu filho Dhani Harrison (que é igualzinho a imagem do pai na época do começo dos Beatles). A canção apareceu no álbum do Jools Holland lançado em 2002, o que tornou a música bem agitada e até dançante já que este disco foi gravado com sua banda de Rhythm & Blues.
Pra começar, a frase inicial da canção já é genial, " You can take your horse to the water, but you can't make it drink", muito bom, não?
A música também aparece no "Concert for George", apresentação realizada com uma grande banda que incluia Eric Clapton, Jeff Lyne e Paul McCartney, tocando apenas canções escritas pelo George, essa também vale a pena assistir.

Jorge Drexler - Disneylandia

Jorge Drexler é aquele cantor que canta MPB urguaia (hehe), e que ganhou um Oscar pela canção contida na trilha do filme "Diários de Motocicleta".
Canção contida no seu trabalho mais recente, "12 Segundos de Oscuridad" que apresenta a participação da Maria Rita, Paulinho Moska, e nesta faixa especificadamente do Arnaldo Antunes, o compositor da canção. É isso mesmo, descobri semana passada que esta canção é do Titãs. A letra é maravilhosa, traduz muito do que acontece no mundo sem fronteiras de hoje, a versão original é um pouco suja e talvez por isso a letra pode até passar despercebida, porém a versão do Drexler é uma obra prima linda e tranqüila.

Otis Redding - Hard to Handle

Apesar da morte precoce de Otis, com 26 anos, este cantor de Soul dos anos 60 e dono de uma grande voz deixou um grande trabalho para a evolução do ritmo.
Música bem dançante mesclando gritos do cantor e linhas de metais que fazem toda dona de casa afastar os móveis da sala. Grande parte da sua obra vale a pena ser escutada.

Bob Dylan - Mr. Tambourine Man

Na minha opinião uma das melhores músicas já escritas pro esse tal de Bob Dylan. Resolvi tratar dela hoje porque na presente data começa a turnê brasileira de um dos maiores músicos que esse planeta já viu...ou ouviu.
Os Shows devia ser assim como no vídeo abaixo, dá um violão e uma gaita pro cara e manda ele se virar. Ainda tem bastante ingressos para a apresentação dele no Rio de Janeiro (8), já as de São Paulo (5 e 6) as entradas estão quase esgotadas.
E tem mais, a prefeitura de São Paulo negocia uma apresentação gratuita que seria realizado em algum parque da capital paulista, primeiramente os produtores estão pedindo algo em torno de R$ 1,5 milhões a R$ 2 milhões. Ou seja liguem pra produção e comuniquem a doação.
Se realmente for rolar o show eu escrevo aqui no Jornal. Vamô pro show!

A apresentação abaixo aconteceu no Newport Folk Festival de 1964, na sua melhor forma.


terça-feira, 4 de março de 2008

Mais uma banda...

Esse é um comercial da BBC Radio 2 do Reino Unido. A produção e os efeitos foram muito bem feitos assim como montagem e edição.

Aposto que você vai assistir no mínimo duas vezes.
Ou não.



Tá rolando uns boatos que essa banda vem tocar no Brasil no mês de Setembro. Parece que vão haver 3 shows, dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro.
As notícias dão conta que os shows da capital paulista vão ser realizados no Credicard Hall, caso confirmado, eu escrevo aqui no blog sobre o show.

domingo, 2 de março de 2008

Esquina (conto)

Esquina
Não lhe parecia certo se matar ao lado de uma igreja, porém suas pernas já não apresentavam força para procurar outro lugar. Não havia outro lugar, não havia lugares reservados para tal ato.

Fechou os olhos.

Em pé sobre o parapeito, a 17 centímetros do vazio e a 38 metros da calçada, podia ouvir toda a cidade se calar em um grito contido. Taxis, buzinas, motores, obras, sabia que em frente a igreja estava a praça principal da cidade, mesmo em transe, ainda podia escutar sua fonte central jorrando água em si mesma. Não podia admirar, mas da posição que estava ela parecia muito mais linda com o reflexo do sol das 16:52. Sabia que haviam pessoas tirando foto, ou apenas atravessando sua extensão, sabia que haviam crianças correndo atrás de pombos, podia deduzir seus sorrisos quando estes voavam apavorados.

Não tinha mais jeito. Ia ser ali. Ia ser agora.

Hesitou.

Ao abrir os olhos notou que um pombo gordo havia pousado ao seu lado no parapeito. A criatura o olhava como o mais puro dos animais, tentando entender a figura humana que estava em sua companhia, lembrou que nem ele próprio o entendia. Ousou alegrar-se ao saber que pelo menos um ser iria assistir seu pequeno quase grande passo.

Não, O pomba voara. Parecia ter encontrado uma migalha mais interessante na praça.

Uma migalha, era isso que era.

Deu o passo. Não era ele.
Aquele novo sujeito dera o passo. No mesmo momento pensara ter ouvido Roberto Carlos cantando "Amigo", talvez vindo de algum restaurante vizinho, onde um outro alguém tomava cerveja tranquilamente. Talvez. Não ouvira muito.
Não ouvira gritos, ninguém parecia se importar.

Não ouvira mais nada.

Estava morto, desafiando o trânsito e enchendo a praça de armas de buzinas impacientes.
Repousava na esquina, onde 50 minutos depois era coberta por passos quem sabe mais desesperados que os seus.

As crianças brincavam e riam na praça.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Põe na Radiola!

Essa é aquela seção que eu vou (tentar) escrever semanalmente, nela vou escrever sobre algumas músicas que eu ache interessante contando um pouco sobre ela.

Paul McCartney - Heart of the Country

Essa música é aquela: encontre a mulher da sua vida e vá morar em uma casa no campo e a ame até vocês ficarem bem velhinhos. O clipe também tem essa mensagem, nele aparecem o Paul e a Linda em algumas filmagens feitas na fazenda dele na Escócia, as imagens foram feitas com uma câmera simples sem som.
A musiquinha é feita no violão no estilo folk, é do segundo albúm solo do McCartney intitulado de "Ram" (1971). Vamô pro campo!

Mallu Magalhães - J1

Você quando escuta a música pode pensar que seja de alguma cantora inglesa alternativa, mas na verdade, apesar da maioria das suas composições serem em inglês, ela é produto tupiniquim. Mallu Magalhães é brasileira, toca um rock acústico, é dona de uma voz bem tranquila que não incomodaria os ouvidos mais irritados e ainda por cima, tem apenas 15 anos de idade (nessa época eu ainda brincava de comandos em ação).
Uma música enraizada nos folks de Johnny Cash e Bob Dylan, você pode ouvir "J1" e baixar outras canções dela em seu MySpace (www.myspace.com/mallumagalhaes), lá você também pode assistir vídeos e saber datas de shows, que normalmente não passam das 23:30, afinal de contas ela é apenas uma crinça e tem que dormir cedo.

Nouvelle Vague - Too Drunk to Fuck

Essa música é um cover do Dead Kennedys feita por este grupo francês. Além do nome da música já ser maravilhoso, a voz da vocalista deixa todo o clima mais sensual. A banda substitui as guitarras punks da versão origianl, por um ritmo dançante, cheio de soul com uma batida que lembra a boa e velha música brasileira, tanto que Nouvelle Vague significa new wave em inglês e uma quase bossa nova na língua portuguesa.
Escute a música deles no www.myspace.com/nouvellevague.

Móveis Coloniais de Acaju - Copacabana

Na minha singela opinião uma das novas melhores bandas do Brasil, o grupo é de Brasília e até agora tem apenas 1 cd, "Idem".
"Copacabana" é uma música cheia de swing com uma grande letra, assim como todo o resto do repertório. A banda tem como ponto forte o uso dos instrumentos de sopro que podem agradar muitos fãs do Los Hermanos.
Quer saber? Nem precisa escutar essa música, compra o cd deles de uma vez que é garantia de muitos momentos de alegria.
Pra quem gostou, vai ter show deles em São Paulo dia 15 de março.

Elvis Presley - Suspicious Minds

Como alguém pode escrever algo a altura de tal majestade?
"Suspicious Minds" é um dos últimos hits do Rei do Rock, as apresentações ao vivo dessa música são cheias de energia e mostra um elvis empolgado e algumas vezes brincalhão, aparentemente longe da depressão que em alguns tempos lhe atacava. Nessas mesmas apresentações, já vestindo seu traje de rei, ele encarna uma dança que deixaria qualquer garotinha com o coração desafiado.
Quer saber de novo? me empolguei. Assistam a uma dessas performances e remexam a pélvis junto com o Sr. Presley.
Vida longa ao rei!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

John Dylan & Bob Lennon

Algum rapaz com uma pequena camêra de vídeo foi dar uma volta de carro. Até aí tudo bem, se não fosse a companhia de um tal de John Lennon e um qualquer Bob Dylan sentados no banco de trás do sortudo automóvel, o dono nem deve ter lavado nem aspirado aquele banco.
A conversa dos dois é impagável, eles devem ter bebido muito suco de laranja e comido dois pedações de bolo de cenoura antes de embarcar para o passeio, não é possível.
Esta é uma versão de 3 minutos da conversa, no You Tube você encontra versões de 8 minutos porém sem legendas que no caso dessas imagens são indispensáveis, em algumas partes nem o criador da língua inglesa teria idéia do que estava sendo falado.
Com vocês John Dylan & Bob Lennon.




Eu quero o mesmo que eles tomaram mas o meu é sem picles.

Alguém paga o cara que filmou isso, alguém dá dinheiro pra ele!

Agora vai!

O fato é que este é o começo do Jornal 52. Uhul!
Com certeza depois eu vou pensar em algo interessante que eu poderia escrever aqui.

O blog foi criado mais para que eu possa me organizar com os meus textos e escrevê-los com mais frequência. Junto com estes vou tentar postar algumas coisas que eu acho interessante, como assuntos sobre música, cinema ou qualquer coisa que por alguma insensatez minha achar genial. Ou não.

Pra dizer a verdade, acho que a definição deste espaço vai acontecer ao longo do andamento e das postagens que forem feitas nele, pois não tem nehuma regra para quais assuntos serão tratados, pode ser sobre o quanto de espaço com ar existe em um pacotinho de Ruffles até a exaustiva produção de Frango à Passarinho ao alho óleo no Sul da Germânia.

Mas algumas coisas são certas.
Irei postar alguns textos meus (como o conto contido abaixo, conto contido é bom, não?), semanalmente tentarei escrever alguma coisa sobre 7 músicas para que os interessados escutem ou passem batidos por elas e, depois pretendo criar uma história onde cada parte será postada semanalmente, porém vou começá-la sem ter a idéia da sua sequência, assim na outra semana terei que pensar em uma continuação e mais tarde em um desfecho. Eu sei que parece mini série da Globo mas vamos ver se vai dar certo, prometo que não terá os reclames do plin plin. Não sei quando essa história vai começar, mas depois eu escrevo mais sobre isso.

Bom, acho que é isso.
Sejam bem vindos ao Jornal 52 e por favor, comentem muito sobre o que vocês acharam, metam o bedelho a vontade em cada post e em cada vírgula, mandem sites e outra coisas que vocês acharem interessantes.

Quem são vocês?
Eu estou falando com alguém?

Abraços

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Um Falso Conto (conto)

Um Falso Conto
- Um copo de café está ótimo. Duas de açúcar.
Daniela passava segurança aos olhos de qualquer espectador.

Havia chegado há 20 minutos e o café era o puro resultado da ansiedade. Sim, ansiedade, o primeiro passo para o nervosismo e o início da histeria.
Queimou os lábios. O líquido esquentava sua boca seca.
Enquanto bebia, pensava em como seria sua reação no momento seguinte do troco.
Só queria tomar seu café e sumir dali.
O último gole. Sabia que após fazê-lo, poucos segundos a separariam do caixa. Naquele momento, o caixa lhe parecia ser o último lugar onde queria estar.

Estava na frente dele.

Era a primeira vez que falsificara uma nota de dinheiro, 50 reais, que para ela, naquele momento, se definia como um pedaço de papel.
Evitava os olhos da atendente.
No momento de entregar aquele papel amarelado, olhava para o chão e pensava em como sua boca estava ardendo.
Mesmo sem enxergar sua reação, sabia que a atendente procurava seus olhos, e delicadamente, como um cão voraz, examinava aquela nota.
Palpava-a como se tocasse a barra do mais fino vestido, parecia ter prazer naquele exercício agonizante.
Todas aquelas horas de segundos insistiam em não terminar.

Barulho de caixa.

Voltou os olhos. A atendente lhe oferecia notas menores.
Sete notas para ser mais exato.
No momento do troco, revelou-se sua reação.

- Faltam 30 centavos.
Tintilhando, as três pequenas moedas adentravam seu bolso.
Saiu dali.
Precisava gritar a todos os ouvidos.
Um cigarro lhe pareceu a melhor opção.